devora-me...
um dia
eu estava louco
completamente embriagado
um cigarro pela metade já apagado
uma taça de uísque trincada
a lua tímida escondia-se entre as nuvens
escuridão...
Hilda furacão passou por mim
com seu perfume inebriante
eu sussurrei:
muguet du bonheur
eu virou-se
olhou para mim e sorriu
um sorriso devasso
extremamente sensual...
Hilda furacão se virou novamente e foi embora
se perdeu na escuridão da noite...
sentei no chão e deixei o restinho do uísque escorrer
senti algo toca meu ombro
quando olhei me assustei
estava face a face com a esfinge
ela ia me perguntar algo
mas eu cessei sua fala com a ponta do meu dedo e eu disse
decifra ou te devoro !
seus olhos de cristal brilharam
a esfinge ama os desafios
eu sorri e disse:
o que é o amor? decifra ou te devoro
(...)
Uma pena,
nem os ossos restaram
devorei a esfinge
pois o amor, nem ela decifra
e tú, meu caro leitor...
decifra ou eu te devoro.
o que é o amor?
texto de Augusto Junior de Oliveira
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